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sábado, 29 de junho de 2013
Referência - Photograph of Jesus
A primeira vez que vi este filme foi no MUMIA - Mostra Udigrudi Mundial de Animação, em Belo Horizonte, na edição de 2010. Fiquei impressionado desde o primeiro momento, tanto pelo tom documental, pelas cômicas histórias retratadas e claro pela abordagem tão interessante da animação, que mistura recortes reais com digitais, stop motion, pixilation e todas essas imagens de arquivo da Hulton Collection / Getty Images, que patrocinaram (ou encomendaram, talvez) o filme. Muito bem realizado, um destes trabalhos que dá gosto de ver e inspira. E agora o reencontrei, nas buscas por referências para um projeto em andamento, que tem tudo a ver. E vamos em frente! :)
sexta-feira, 29 de março de 2013
Rotoscopia - algumas referências
Nas minhas pesquisas sobre rotoscopia, encontrei algumas pequenas pérolas contemporâneas que utilizam a animação sobre imagens reais muito bem. Segue abaixo umas destas, entre mistura de coisas que encontrei e indicações de amigos e colegas.
12 minutes of love: animação em rotoscopia do jeito que eu gosto - você não sabe onde termina a parte filmada e começa a animação. Fusões, pinturas e edição de primeiríssimo nível.
The ten basic rules of film noir: Ah, se toda vinheta de TV fosse como esta...
PAS BEAU: Uso muito criativo - até cômico - da animação sobre imagens de um filme (no caso, nosferatu, filme hoje de uso livre)
The Nest - Trailer: Imagens animadas incríveis para este filme que é parte animação e parte ação ao vivo. Forte, arrebatador e tecnicamente excelente.
12 minutes of love: animação em rotoscopia do jeito que eu gosto - você não sabe onde termina a parte filmada e começa a animação. Fusões, pinturas e edição de primeiríssimo nível.
The ten basic rules of film noir: Ah, se toda vinheta de TV fosse como esta...
PAS BEAU: Uso muito criativo - até cômico - da animação sobre imagens de um filme (no caso, nosferatu, filme hoje de uso livre)
The Nest - Trailer: Imagens animadas incríveis para este filme que é parte animação e parte ação ao vivo. Forte, arrebatador e tecnicamente excelente.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Referência: Sledgehammer
Não canso de assistir este videoclip do Peter Gabriel. Além da música ser incrível, o videoclip é inteiramente animado, e não apenas isso, mas conta com uma animação de primeiríssima linha, stop motion e pixilation conduzidos de forma genial.
Esta versão, além de restaurada, conta com os créditos completos de produção, algo raríssimo para este tipo de trabalho, e nele podemos ver nomes como Peter Lord e Nick Park, da Aardman, e dos Brothers Quay, que trabalharam como animadores. Fico imaginando esses caras inventando mil coisas na hora, tendo ideias e fazendo a coisa acontecer de forma incrível, tudo em cima do pobre Peter Gabriel, que reza a lenda é um cara super aberto a essas experimentações pros seus trabalhos.
Sou super suspeito pra falar das técnicas deste filme, pois o considero umas das minhas maiores referências. Boa parte da animação foi feita da forma table top, isto é, na truca - a câmera fica alta, apontada para baixo e na superfície plana da "mesa", onde a câmera está apontada, a ação acontece. Animaram de tudo: brinquedos, desenhos à giz, massa de modelar como tinta, objetos simples, frutas, verduras, peixes, frangos, cadeiras, escadas, mesas, televisores, além do próprio Peter Gabriel e mais dezenas de figurantes nessa salada animada incrível. Pra mim, essa é a essência da animação: o controle do caos. Ao mesmo tempo que mostramos a essência da vida, essa multiplicidade, a 'organizamos' e transformamos em arte, sublimamos, processamos e transformamos em algo belo, em algo interessante de se ver e que, de alguma forma, modifica algo que temos dentro, nos tornando melhores.
Detesto dar essa de saudosista mas, ainda mais do que ficar triste por não se fazerem mais materiais assim, me pergunto; porque não?? Essa ousadia, inventividade artística e qualidade técnica incrível, e ainda por cima feita há quase trinta anos atrás, numa era pré-digital, é muitíssimo melhor do que a maioria das coisas feitas hoje. Aliás, não só é, como continua. Hoje temos uma infinidade de recursos e possibilidades, mas praticamente ninguém os explora como poderia. Fica a minha empolgação ao ver e rever e rever e rever este material (que já vi seguramente centenas de vezes), a chateação por não termos mais quase nada nesse nível e a vontade de fazer meus trabalhos melhores e melhores com toda essa inspiração. Vamos em frente!
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terça-feira, 4 de setembro de 2012
Referência - Chris Casady
E quando achamos que já vimos de tudo - ou pelo menos um bom bocado de coisas, eis que sempre podemos nos surpreender um bocado mais. Acho que nunca tinha ouvido falar sobre o Chris Casady, e ao mesmo tempo o nome parece familiar... seja como for, ainda não tinha visto impressionantíssimo (existe isso?) trabalho, de 1989. Fiquei de boca aberta do começo ao fim, realmente é algo que alguém se esmerou e muito pra fazer. Timing perfeito, fluidez inacreditável e uma energia que não vejo muito por aí. Ainda não sei nada sobre Chris (ou melhor, quase nada; nunca rápida busca no google vi que trabalha com efeitos visuais, não é pra menos..), e me divirto tentando visualizar as artimanhas animadas que ele fez neste trabalho (nos comentários deste vídeo no youtube o próprio Chris comenta alguns dos processos) - mas seja como for, é um deleite, que agora compartilho, e já vai direto pras referências.
E um detalhezinho no final mostra algo quase óbvio: nos créditos vemos que ele fez dedicado a Elfriede Fischinger - esposa de Oskar Fischinger, um dos pilares da animação experimental mundial. Percebemos claramente a influência, e ao mesmo tempo Chris dá o seu toque especial à mistura. Literalmente, massa. :D
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Referência: Theodore Ushev e o belíssimo "Nightingales in December"
Sensacional trabalho do grande animador Theodore Ushev, um cara cuja obra admiro demais. No blog dele ele fala que o filme surgiu de um convite sensacional: O Festival Du Nouveau Cinemá, do Canadá, o convidou para criar um filme seu, na comemoração do quadragésimo aniversário do festival. O filme abriu as exibições.
Um trabalho como este me emociona na medida que consegue, ao meu ver, ultrapassar e transcender todas as "questões" que tanto nos preocupam - narrativa, história, aspectos de produção, técnicas de animação, som etc - e ir muito, muito mais além, nos atingindo diretamente no coração. Tudo é criado de forma sincera, livre e, logo, magnífica, e tudo flui resultando num trabalho belíssimo. A sensação, o sentimento da obra, a sua energia, a sua vontade - é isso o que fica. É o que, no fim das contas, passamos a carregar conosco após vermos algo que nos identificamos. Aplaudo de pé e saúdo este que sem dúvida é um dos melhores curtas que já vi. Claro que eu poderia de toda forma dar ainda uma opinião mais técnica; que as imagens são fantásticas, que animação é primorosíssima, que a música é deslumbrante, a montagem precisa, o ritmo perfeito - e é tudo isso! - mas, como coloquei antes, acredito cada vez mais que as sensações são o que realmente ficam, e é o que prefiro fechar dizendo.
Obs.: Se a janelinha acima do vídeo rodar cortada, e se não puder expandir a janela do navegador, ou o filme não rodar, assista o filme diretamente no site do festival, neste link. Só não deixe de assistir! :D
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domingo, 29 de janeiro de 2012
Referência: Elizabeth Hobbs
Trabalho recente de Elizabeth Hobbs, animadora inglesa que há alguns anos já admiro e só recentemente seus trabalhos ganharam a internet com mais propriedade. Ela trabalha com uma técnica de pintura-no-tempo com aquarela, isto é, pinta e, com a tinta ainda úmida, fotografa, retira a tinta (que deixa sua marca no papel), repinta o próximo frame, fotografa novamente, e assim por diante. É algo bem mais complexo ainda de se fazer do que se parece, pois o trabalho deve ser muito rápido e preciso, além do que a própria qualidade "imprevisível" da aquarela torna tudo ainda mais desafiador. Uma vez conseguido, porém, os resultados são deslumbrantes, como a vinhetinha feita pela Srta. hobbs, acima.
Abaixo, um dos curtas mais conhecidos dela, "The Emperor", feito na mesma técnica.
Hoje a animadora tem o seu estúdio, Spellbound Animation, e produz trabalhos com uma economia de meios, por assim dizer, e ao mesmo com tanta energia e ritmo, numa "crueza"- isto é, liberdade e despretensão, até - que muito me identifico, como o curtinha abaixo, "Layman, Shaman, Daydreamin'". Neste caso, feito de forma tão solta que vemos até as sujeiras do vidro onde foi pintado, oscilações de luz e outras coisas que jamais teriam passado por outros realizadores, mas que na abordagem livre dela tudo se torna parte indissociável do todo:
O trabalho abaixo ainda, "The Old, Old, Very Old Man" é ainda mais econômico e direto: narrativa seca - numa certa tradição do cinema de animação inglês - e realizado com tinta azul sobre um azulejo de banheiro branco. Vendo trabalhos como estes tenho cada vez mais certeza de que precisamos de cada vez menos para produzir trabalhos cada vez melhores.
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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Referência - Cartão animado
Mais um trabalho advindo de comentários e indicações de amigos animadores; desta vez, indicação na página do Facebook de Marcos Magalhães, um dos grandes nomes da animação brasileira. Nas palavras dele para esse curtinha; "Simples e eficiente". De fato este pequeno cartão animados é muito preciso e sintético. Esse senso de tempo e ritmo tão acertados é uma das coisas mais bacanas - e mais difíceis, na minha humilde opinião - de se fazer em animação, mas que faz toda a diferença. É também quando vemos que, antes de estarmos fazendo uma animação, estamos fazendo um filme.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Referência (!) - Alexander Petrov

Compartilho com os amigos dois vídeos raros de produção russa, que mostram o processo de criação do mestre. Com legendas em inglês :)
Agradecimentos ao amigo Paulo, de Recife, que me enviou esta pérola. Valeu cara! :D
terça-feira, 29 de março de 2011
Referência - Vinheta ANIMANIMA 2010
Vinheta do Festival Internacional de Cinema de Animação ANIMANIMA, realizado na Sérvia, pelo genial Milos Tomic. É incrível como os animadores do leste europeu são inventivos, criativos e tem essa 'materialidade' em todos os trabalhos que fazem. Só de ver esta vinheta já fico babando, com certeza já está mais do que incluída nas referências. Tive a honra de participar desta mesma edição do festival com o meu curta Linhas e Espirais, e quando vi a vinheta pelo site, me senti em casa. Espero um dia desses poder ter a honra, como o amigo Marão, de assistir o festival in loco.
Esta versão da vinheta que está no youtube, por sinal, é o resultado de um exercício de sonorização que foi feito. Seja como for, caiu muito bem. :)
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Referência - Madagascar (Bastien Dubois, 2009)
Filme animado genial que tive o prazer de assistir, boquiaberto, numa límpida cópia em 35mm no Anima Mundi 2010, onde também levou dois prêmios - Prêmio da Direção do Anima Mundi e Melhor Direção de Arte pelo júri profissional. Ao mesmo tempo que o filme parece leve, descompromissado e solto, tem uma abordagem experimental incrivelmente elaborada por trás, que alia boa parte da tradição pictórica do cinema de animação com processamentos digitais que engrandecem a obra. Só a ideia de viajar a um lugar para se registrar suas impressões e transformar isso em filme de animação já é de dar água na boca. Ser bem sucedido na realização, então, nem se fala. Que vontade de fazer algo assim. Um deleite, na minha humilde opinião. Infelizmente a qualidade desta versão online não está lá essas coisas, mas pelo menos está completo, dando pra ter uma ideia da riqueza visual do filme.
Madagascar - Carnet de Voyage concorre também logo mais ao Oscar de Melhor Filme de Animação. Há tempos me desliguei do Oscar e dos indicados e tudo mais, mas dessa vez arrisco o palpite que ele vai ganhar :D
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Grande referência: Len Lye
Escultor, pintor, animador e cineasta, o inglês Len Lye é sem dúvida mas das minhas maiores referências. Um dos precursores na técnica da animação direto na película (que um dia quero experimentar), seus filmes são de grande força e vigor. Nunca me canso de vê-los, e faz algumas semanas encontrei no Youtube algumas versões em altíssima qualidade de dois de seus filmes;
Considerando que são filmes de mais de setenta anos atrás, estas cópias brilham com cores que eu ainda não conhecia (para se ter uma ideia era esta a versão de Rainbow Dance que até há bem pouco tempo eu conhecia e me maravilhava...). Uma das coisas que mais me impressiona é o ritmo perfeito dos seus filmes; a escolha de imagens, a música, o ritmo, a sincronia então... é algo mágico realmente. Seus filmes pulsam uma vida que realmente me fazem ver que é esse o caminho, é isso que procuro. E de um tempinho pra cá muito tem me interessado criar em cima de imagens reais - especificamente de pessoas - e nisso o mestre Len Lye foi um percusor, sendo um dos primeiros a trabalhar com a técnica da rotoscopia. Hoje pra mim é esse de fato o ponto, o que quero explorar, a distorção sobre imagens humanas, e estes filmes são centrais nisso. Puxa, um dia quero fazer trabalhos tão expressivos quanto estes. Em frente :)
Considerando que são filmes de mais de setenta anos atrás, estas cópias brilham com cores que eu ainda não conhecia (para se ter uma ideia era esta a versão de Rainbow Dance que até há bem pouco tempo eu conhecia e me maravilhava...). Uma das coisas que mais me impressiona é o ritmo perfeito dos seus filmes; a escolha de imagens, a música, o ritmo, a sincronia então... é algo mágico realmente. Seus filmes pulsam uma vida que realmente me fazem ver que é esse o caminho, é isso que procuro. E de um tempinho pra cá muito tem me interessado criar em cima de imagens reais - especificamente de pessoas - e nisso o mestre Len Lye foi um percusor, sendo um dos primeiros a trabalhar com a técnica da rotoscopia. Hoje pra mim é esse de fato o ponto, o que quero explorar, a distorção sobre imagens humanas, e estes filmes são centrais nisso. Puxa, um dia quero fazer trabalhos tão expressivos quanto estes. Em frente :)
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quinta-feira, 8 de julho de 2010
Gianluigi Toccafondo: o mestre ataca novamente
Mais um trabalho do mestre italiano da animação experimental, que falei a respeito em outra postagem. Desta vez o trabalho foi para a sequência de créditos finais do filme "Robin Hood", de Ridley Scott. Absurdamente genial; não consigo ver sem me impressionar mais a cada vez.
Os trabalhos de Toccafondo hoje me tocam ainda mais, pois é uma distorção do real que me deixa literalmente de boca aberta. Tenho que me segurar pra não copiar (pelo menos descaradamente) esse cara. É impressionante como um artista consegue chegar a um ponto onde dispensa todo o supérfluo, tudo o que é absolutamente desnecessário ao seu trabalho - coisas que muitas vezes tantos se matam para "alcançar" - e deixa só o essencial, o cerne da sua própria arte. Uma referência sempre.
Obrigado ao amigo Lui que me deu o toque de mais este trabalho do maestro di animazione.
Os trabalhos de Toccafondo hoje me tocam ainda mais, pois é uma distorção do real que me deixa literalmente de boca aberta. Tenho que me segurar pra não copiar (pelo menos descaradamente) esse cara. É impressionante como um artista consegue chegar a um ponto onde dispensa todo o supérfluo, tudo o que é absolutamente desnecessário ao seu trabalho - coisas que muitas vezes tantos se matam para "alcançar" - e deixa só o essencial, o cerne da sua própria arte. Uma referência sempre.
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domingo, 14 de março de 2010
Referência: Jeff Scher (Parte 2: vinhetas)
Jeff scher é mesmo um cara que não existe. Como já falei na primeira vez que postei sobre ele, além de ter um emprego dos sonhos ligado ao cinema de animação (pelo menos pra mim), ele tem uma criatividade genial que realmente não tem fim. Abaixo alguns trabalhos dele em matéria de vinhetas. A primeira é um filme de boas vindas de um cinema, que dá aquelas regrinhas gerais e fala do tipo de filmes que ali são exibidos;
Dispensa mais comentários. A seguir, três vinhetas que ele criou para um festival de cinema, onde o princípio que usado é simples: dispor de várias películas sobre uma mesa de luz, e passá-las sobre a lente da câmera mexendo um pouco a cada frame. Em cada uma delas a ideia foi essa, e na próxima adicionava outras coisas, como mudar o sentido, usar um prisma sob a lente pra criar variações... e então o resultado delas.
A cada vez que revejo (e revejo muitas, muitas vezes) mais me impressiono. A incrível simplicidade da ideia dos filmes dele é inversamente proporcional à força do resultado, sempre avassalador. Se houvessem por aí mais vinhetas como essas do colega Jeff Scher, o mundo seria outro...
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Referência: Michèle Cournoyer
Mais um trabalho referência, desta vez da genial animadora canadense Michèle Cournoyer. A reflexão que ela propõe e a maneira como aborda um tema complexo e difícil é impressionante. Mais uma vez as animadoras mostram o cinema de animação experimental ao mundo de uma forma que só elas conseguem ver e realizar - com grande força e energia e ao mesmo tempo com uma fina sensibilidade.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Referência: Jeff Scher
Jeff Scher, para mim, é um dos grandes animadores da atualidade. Praticamente desconhecido do mainstream da animação, Jeff pode não ser uma celebridade, mas tem um trabalho forte e intenso, incrível. O tenho como grande referência e influência desde o dia que conheci suas fantásticas obras. Posto abaixo o primeiro filme que assisti dele, o impressionante Milk of Amnesia, seguido do ótimo Trigger Happy, e por fim um pequeno documentário muito bacana que encontrei sobre ele no YouTube, onde ele fala do seu processo de criação e o vemos realizando um de seus trabalhos.
Neste documentário, inclusive, ele fala que hoje tem um emprego que com certeza muita gente (eu inclusive, reconheço) invejaria: ele possui uma coluna no blog do jornal New York Times, onde uma vez por mês desenvolve um curta animado para pontuar alguma de suas impressões como realizador de animação experimental. O que mais acho interessante não é nem em ser pro NY Times, mas sim o fato de se criar uma coluna tão inovadora e criativa para um jornal (onde geralmente essas colunas de opinião são todas iguais - as opiniões, inclusive). Demais, tanto a ideia como a realização. Um dia a gente chega lá :)
Vendo trabalhos de mestres como este só me faz sentir mais seguro de seguir em frente no caminho do cinema de animação experimental. As possibilidades são infinitas, e as únicas barreiras que existem são as que nós impomos. Toda forma de arte, aliás, deveria ser vista assim: sem limites, como realmente são. Em frente, em frente. :)
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segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Referência: Aleksandra Korejwo
Mais uma boa referência advinda do contato com os colegas animadores portugueses. A primeira vez que vi, quando a Regina Pessoa me mostrou, fiquei absolutamente impressionado. Não se parecia com nada que eu já tinha visto, e ao mesmo tempo era curiosamente familiar e exatamente o tipo de coisa que me atrai: animação fora do comum, do tipo feita com técnicas e materiais pouco usuais e com resultados dos mais loucos possíveis.
Aleksandra Korejwo é polonesa, e trabalha com sal colorido. Seus filmes mostram uma dança impecável dos grãos de sal se movendo e formando figuras, cenários, situações mas principalmente criando emoções. Nem sequer parece que a areia é animada, mas sim que está se mexendo sozinha, como que soprada pelo vento, e somos brindados em poder assistir, maravilhados, a sua dança rítmica. Sempre que vejo sinto que é um trabalho que vai direto na alma. É difícil assisti-la "tecnicamente", ou seja, tentando descobrir quantos frames usou ali, ou como ela procedeu naquela transição acolá, pois o trabalho nos atinge fundo, despertando alguma coisa de muito íntima dentro da nossa percepção de arte, aliás, dentro do nosso ser.
E o mais impressionante é o instrumento que ela usa para animar: uma pluma. Só assim se explica a enorme leveza com que a animação acontece. E claro, só uma mulher poderia ter tanta sensibilidade para juntar isso tudo em um trabalho tão genial.
Posto então o curta "Carmem Torero", realizado em cima da ópera de Bizet.
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segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Referência: Gianluigi Toccafondo
Uma das propostas deste blog, conforme me relembrei relendo as primeiras postagens, era também mostrar coisas legais do mundo do cinema de animação que eu encontrasse. Por algum motivo acabei deixando isso de lado, mas agora procurarei sempre mostrar esses materiais, começando com esta postagem :)
Durante o curto (porém muito frutífero) tempo de convivência que tive com os animadores portugueses Abi Feijó e Regina Pessoa, no Seminário de Animação, tomei conhecimento de diversos animadores fantásticos, entre eles o mestre italiano Gianluigi Toccafondo. Animador que mexe com imagens reais fotocopiadas, distorcidas e pintadas, Toccafondo tem realmente aquele toque europeu - uma paleta quase monocromática, distorções louquíssimas e uma relação de total harmonia com a música. O trabalho é absolutamente deslumbrante, e mesmo após já ter visto dezenas de vezes cada um dos filmes dele que encontrei, continuo impressionado com a fluidez impecável e extrema originalidade de seu trabalho. Imediatamente já se tornou uma referência obrigatória pra mim; seus vídeos já estão no meu mp4 e os tenha assistido quase religiosamente (temos que reconhecer as vantagens da geração "assiste-baixa-continua assistindo"... :P)
Segue então abaixo quatro trabalhos dele dos disponíveis na internet. O primeiro, "La Pista", foi o primeiro que vi, recomendado diretamente pelos amigos portugueses. O segundo, "La Coda", é feito todo em cima de imagens dos filmes de Buster Keaton, e foi o primeiro experimento em filme realizado por Toccafondo. O terceiro é uma vinheta de abertura da produtora Scott Free, dos cineastas Tony e Riddley Scott - na verdade já tenho visto e me maravilhado com esta vinheta há anos, e não sabia de quem era; depois porém de conhecer os filmes de Toccafondo soube na hora que só podia ser dele :). E o quarto trabalho é outra belíssima vinheta, esta chamada "Cinema Europa", da qual encontrei o link pra se baixar em ótima qualidade. Todos os filmes são absurdamente fantásticos, e merecem ser vistos, revistos, baixados, revistos de novo... :)
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