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domingo, 9 de outubro de 2016

Animação para o coletivo Danny Rose - Vivid Sydney 2016

Foto de Danny Rose.
No começo deste ano fui contatado pelo prestigiado e talentoso coletivo de artistas francês Danny Rose. Eles - que criam trabalhos envolvendo projeções criativas de altíssima qualidade em festivais, instituições e shows por todo o mundo - viram o meu curta Fluxos, gostaram muito e me escreveram para falar de um projeto que eles realizam todo ano: uma projeção de video mapping gigantesca que envolve o Museu de Arte Contemporânea de Sydney, Austrália, dentro de um festival chamado Vivid Sydney.

Foto de Danny Rose.
Meu curta que serviu de base para o trabalho a ser feito.

Para a edição deste ano do festival o coletivo desenvolveu um conceito baseado em elementos pictóricos, materiais, explorando a pintura e suas diversas formas - The Matter of Painting. Fui então convidado para o trabalho: criar dois minutos de animação em massinha de modelar, ponto de vista table top, como o Fluxos, para integrar na animação maior que eles estavam desenvolvendo para a projeção. A animação deveria ser feita levando em consideração que seria projetada no prédio do museu, e todas as formas que eu iria criar iriam "passear" por toda a sua estrutura e interagir de alguma forma com ela. E ainda, um diferencial para mim seria que ao contrário do meu curta, em que só usei massa de modelar branca, desta vez tudo seria com massas multi-coloridas.

Foto de Danny Rose.
O trabalho foi realizado num período de alguns meses, no qual tive diversas reuniões via skype com o coletivo, definindo detalhes técnicos e conceituais. Sempre muito abertos e receptivos, eles me deram muita liberdade para criar e desenvolver a animação, pois uma das coisas que mais funciona, crio eu, em um trabalho como o Fluxos é justamente a imprevisibilidade do processo. Temos uma vaga ideia do que fazer, mas só na hora de se animar a coisa se apresenta. Tudo pode mudar o tempo todo e esse caráter "de improviso" é o que dá a força do filme. De toda forma, para este trabalho conseguimos achar um meio termo entre conceber ideias gerais de movimento, ritmo, cor e intenção, e ao mesmo tempo deixar espaço para a coisa fluir por si mesma.

Foto de Danny Rose.
O processo da animação em si levou quase um mês, e foi intenso e desafiador demais, mas muitíssimo prazeroso. Fiquei satisfeitíssimo com o resultado final. No fim das contas, animar na mesma técnica do Fluxos com várias cores de massa de modelar é quase como se fosse outra técnica, tamanha é quantidade de variáveis que ocorrem no processo. Fiquei com muita vontade de emendar um novo curta com essa técnica logo após terminar o trabalho.

Foto de Danny Rose.
Foto de Danny Rose.
De 27 de maio a 18 de junho a projeção do The Matter of Painting ocorreu no Vivid Sidney, e foi um sucesso. Abaixo, o registro da instalação em vídeo, realizado pelo próprio Danny Rose (meu trecho vai dos 4:57 min. até o final):


E para fechar, decidi postar aqui uma forma diferente de registro dos bastidores, através do que desenhei, escrevi e retratei nos meus cadernos, durante todo o processo de produção. Planejamentos, compra de materiais, testes, organização (e desorganização) do estúdio e todo o laborioso processo de animação madrugadas adentro, trabalhando de noite e dormindo de dia, onde - como brincava o pessoal do Danny Rose - eu acabava estando no fuso horário de Sidney. Vai que isso me sintonizou mais no trabalho... :P

E é isso. Foi uma honra ter sido convidado para este trabalho; mais uma vez, uma destas coisas que mostram que estamos no caminho certo. E vamos em frente. :)



















sexta-feira, 29 de março de 2013

Rotoscopia - algumas referências

Nas minhas pesquisas sobre rotoscopia, encontrei algumas pequenas pérolas contemporâneas que utilizam a animação sobre imagens reais muito bem. Segue abaixo umas destas, entre mistura de coisas que encontrei e indicações de amigos e colegas.

12 minutes of love: animação em rotoscopia do jeito que eu gosto - você não sabe onde termina a parte filmada e começa a animação. Fusões, pinturas e edição de primeiríssimo nível.



The ten basic rules of film noir: Ah, se toda vinheta de TV fosse como esta...



PAS BEAU: Uso muito criativo - até cômico - da animação sobre imagens de um filme (no caso, nosferatu, filme hoje de uso livre)



The Nest - Trailer: Imagens animadas incríveis para este filme que é parte animação e parte ação ao vivo. Forte, arrebatador e tecnicamente excelente.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Referência - Documentário animado e Michaela Pavlátová



Um dos trabalhos mais interessantes que vi nos últimos tempos, este documentário animado da realizadora e animadora tcheca Michaela Pavlátová é algo realmente único. A maneira íntima e sincera como ela mostra o seu mundo, a condução ao mesmo tempo delicada, direta e forte, na maneira como tudo é retratado, a animação simples mas precisa e eficaz, misturando diversas técnicas.... realmente, um exemplo de como fazer um filme. Mostra bem o sentimento por trás, aquilo que é anterior à animação, anterior ao processo de fazer o filme, aquela coisa que temos dentro que é o que nos leva, consequentemente, a criar. Mais do que nunca, quero me meter também nos pequenos documentários animados. Vamos ver o que sai. :)


terça-feira, 19 de junho de 2012

Maria da Glória: finalizado, agora pra valer :D


Após uma pausa de cerca de dois anos depois de finalizar a parte principal da animação, finalmente concluo a versão final de mais este trabalho. Ao contrário da versão parcial, que está no filme "Se Essa Rua Fosse Minha", esta tem várias diferenças. Foram adicionados planos extras, fiz diversos ajustes nos cortes e os créditos finais estão adicionados. Agora o filme ganha finalmente o mundo, nos festivais, mostras e sobretudo na internet - o trabalho é licenciado em Creative Commons, então é livre para qualquer pessoa assistir online, baixar e mesmo copiar à vontade, dentro dos critérios da licença acima. Pretendo fazer muitos trabalhos em Creative Commons - os próximos já estão a caminho. Para quem gostar do "Maria da Glória", recomendo inclusive baixar a versão original em HD, na página do filme no Vimeo (logo abaixo do vídeo, na aba "download"), para assistir em qualidade superior à versão em stream. E vamos em frente. ;)



Maria da Glória from Diego Akel on Vimeo.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Música: Underscore Orkestra e o Creative Commons


Abro uma nova linha aqui no blog, falando um pouco de música - uma de minhas grandes paixões - e como a relaciono com tudo o que faço. Então, não conseguir pensar neste momento em nada melhor do que falar da sensacional banda Underscore Orkestra, cujas músicas compartilho acima - todas podem ser ouvidas, baixadas, compartilhadas livremente e até utilizadas em trabalhos derivados (tudo sem fins lucrativos, claro), pois detém esta licença no CC - Creative Commons, e este é um dos motivos pelo qual falo delas.

Conheci o genial trabalho deste pessoal procurando por músicas de uso livre, para poder utilizar nos meus filmes. Encontrei esse álbum completo deles no Free Music Archive, site muito bacana por sinal. Assim que vi, achei interessante e fui ouvindo-as. Qual não foi minha agradável surpresa - um estilo louco e alucinado dos Balcãs que é meio jazz, big band de swing, rock, pop, folk e mais um bocado de coisas que se puder imaginar, tudo com esse tempero do leste europeu . Simplesmente fantástico, os caras tem uma energia que não vemos muito por aí. Desde que baixei, há mais de um ano, não canso de ouvir, repetidamente.

O próximo passo: fazer então meus curtas utilizando essas músicas. Vou contatar a banda no site deles para ver se dá mesmo pra usar as músicas em filmes como pretendo, mas até onde vi, elas podem ser realmente reutilizadas, remixadas, refeitas e tudo mais, mas com duas condições: desde que o trabalho derivado seja identificado como feito a partir do trabalho deles (com os links deles e tudo) e - esta é a melhor parte - desde que o trabalho final seja compartilhado com licença similar ou igual à do trabalho de origem. Resumindo: se eu quiser fazer um filme utilizando as músicas deles na trilha, o meu filme terá de ser compartilhado de forma que seja livre o uso para qualquer pessoa reutiliza-lo, remixa-lo, invertê-lo, usar trechos e tudo mais - desde que me dê o crédito como criador da obra de origem. E por aí vai. Massa, não?

A primeira vez que vi esta licença me senti esquisito, e quase desisti da ideia de usar a música deles. "Deixar meu filme ser reutilizado por qualquer um?? Tá louco??", pensei na hora. Tenho certeza que a maioria dos meus colegas de profissão - senão praticamente todos - dificilmente fariam um filme nestas condições. Mas, ouvindo direto as músicas, passei meses e meses pensando, e a cada momento mais me perguntava "Ué, por que não?". Ah, eu adoraria usar trechos de filmes de cineastas que gosto dentro dos meus trabalhos, se pudesse. Se eu conseguir um dia conseguir fazer um trabalho que toque alguém, que faça alguém se emocionar como eu me emociono com as minhas referências, por que diabos ser tão conservador? Já tinha decidido há mais tempo fazer o máximo de trabalhos em CC, só que só liberando para baixar e distribuir, e vejo agora que liberar um trabalho para reuso é o próximo passo lógico. Sei que não há nada mais clichê do que a frase "Desta vida não levamos nada", mas não consigo pensar numa razão pela qual não liberaria um trabalho cuja genial música só foi possível graças ao "desapego" (muito positivo!) dos músicos da Underscore Orkestra. A ideia de fazer estes filmes parte da música compartilhada dessa forma, então, por que não nos "rendermos" à liberdade de uso de obras artísticas como um todo? Todos adoram baixar filmes gratuitamente, então viva ao CC, que legitima isso e permite ainda mais.

Vejo então que quando mais algo mexe com a gente - conosco, artistas - mais devemos ir atrás desse algo, mas devemos utiliza-lo a nosso favor - não como inimigo, mas como parceiro, como uma máquina que nos transportará à tempos ainda melhores e mais justos, à realizações artísticas impensáveis no nosso mundinho, na nossa "zona de conforto" artística da qual ficamos tão dependentes. Arte, pra mim, é isso: risco, medo, teste, rascunho, tentativa e erro. Um grande e poderoso "E se...". Se isso tocar o outro, o fizer pensar, agir e seguir adiante emocionando pessoas, as fazendo melhores, as incentivando, levando-as a dar o melhor de si - como eu me sinto ao ver todos estes trabalhos fantásticos - acho que o nosso trabalho foi feito. Mais do que nunca, em frente! :)



sábado, 7 de abril de 2012

Soterrados: pequenos achados de estúdio



Na minha eterna luta para pôr o estúdio em ordem - como fiz ontem, em pleno feriado de semana santa - sempre faço pequenos achados, embaixo de camadas e mais camadas de livros esquecidos, revistas antigas, notas de compra e outros itens menos dignos de menção. Na verdade são achados bem numerosos, que muitas vezes rendem outras pequenas pilhas de coisas. De toda forma, estas pequenas surpresas me levam de volta ao passado e me trazem ideias que por vezes foram deixadas de lado antes de serem exploradas devidamente. Uma destas pequenas coisas - pequenas mesmo, talvez de significado mais pessoal - foi este pequeno estudo que fiz, provavelmente em 2008, pintado em papel-toalha. A textura reticulada do papel dá um efeito muito interessante e que, hoje ainda mais, vejo que tem muitas possibilidades, principalmente animadas. Fica o registro e a vontade de continuar experimentando nesta linha.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Estudo animado: mais liberdade e menos frescura


Já há algum tempo, ao postar coisas como desenhos e fotos aqui no blog - boa parte, por sinal, já feitos no iPhone - pensei comigo mesmo; "Ué, se posso fazer desenhos e fotos sem compromisso, apenas como estudo, treino ou mesmo pelo simples prazer de fazer, por que não posso fazer o mesmo com animações?".

Longe de querer ser mais um fã cego da Apple, tenho que reconhecer pelo menos uma coisa em Steve Jobs: o homem sabia mesmo como criar coisas que tornam nossas vidas e nossas atividades não só mais simples, mas como nos deixam mais próximos daquilo que realmente queremos fazer, e nos permite fazer ainda mais e melhor. Com o advento do iPhone (e, logicamente, dos bons aplicativos feitos para ele), fica muito mais fácil fazer estes "esboços animados", isto é, pequenas animações que, longe de serem curtas finalizados, são simplesmente manifestações criativas livres de propósito, criadas espontaneamente e - o melhor - em qualquer lugar e sob as mais diversas circunstâncias. Sem precisar criar uma infinidade de pastas, nomear centenas de arquivos, definir formatos e compressões chatíssimas, enfim, travar uma batalha com uma tranqueira de coisas - sejam no universo físico como no digital - , posso desenvolver possibilidades praticamente sem esforço, usando apenas a energia criativa inicial que nos incendeia quando temos uma ideia.

Aqui no estúdio tenho toneladas de teste de animação feitos (sejam fotografados, escaneados ou diretamente digitais, mas ainda finalizados em computador desktop), alguns feitos sempre ao começar projetos, outros que nunca foram iniciados mas deixados de lado e outros que até que ficaram interessantes, mas sabe Deus onde foram parar, nesses gigabytes que deixamos sumir entre DVD's gravados e HD externos lotados. O fato que ocorre é que desenvolver testes livres interessantes e tê-los sistematizados como eu teria desenhos numa pasta - ou mesmo encontrar todos e postar -  era algo quase impensável pra mim. A própria ideia aliás, de compartilhar na rede estes testes era algo que eu ainda não pensava - sua natureza crua demais parecia longe da "polidez" que um trabalho finalizado "exige". Hoje, totalmente através do próprio iPhone, animo (utilizando o aliás excelente software ArtStudio), finalizo um pequeno vídeo, posto diretamente para o Vimeo e voilá! Está pronto e no ar. Mais sem frescura do que isso, só dois disso. Posso criar meus estudos e posta-los, que, ao mesmo tempo que os compartilho, os mantenho como registro do trabalho, dos pensamentos e ideias tidos ao decorrer do tempo.

Quando digo "sem frescura" quero dizer eliminando diversos processos, sem etapas que acabem me distanciando da empolgação e vontade que, acredito, sempre estão no começo de qualquer criação artística, mas que nem sempre chegam ao final. Ao fazer estes estudos, tudo é tão rápido e intuitivo que, antes de pensar, já fiz algumas dezenas de frames e algo que me parece interessante já se delineia. Claro, continuarei fazendo trabalho mais complexos, que necessariamente envolvem mais aspectos técnicos para uma conclusão interessante, mas confesso que criar assim, tão solto, é irresistível, delicioso, instigante e viciante. Não posso deixar de pensar: porque não fazer trabalhos "pra valer" desta forma? Por que todo trabalho animado precisa necessariamente de semanas, meses, até anos produzindo? Por que não posso fazer um trabalho interessante de uma tacada só, em alguns dias (ou até algumas horas) sem processos complexos, sem tantas etapas a serem seguidas, sem um "manual" de produção a ser percorrido? Me incomoda muito, inclusive, que muitos dos meus colegas não consigam ver o cinema de animação além destas fronteiras - o vêem apenas como uma indústria, com uma fórmula a ser seguida para se conquistar um "mercado". As abordagens - sejam técnicas, temáticas ou conceituais - são apenas repetidas, nunca questionadas ou aprimoradas.

Neste momento devo estar conduzindo cerca de uns vinte outros estudos animados, alguns prontos, outros no meio e outros bem no início, todos criados direto no iPhone. Tem de tudo, de linhas mais soltas como este até alguns testes em animação sobre fotos e rotoscopia. Todos livres, sem compromisso com mais nada a não ser deixar a coisa fluir sem restrições. Só em poder criar em qualquer lugar - fila do banco, no táxi, na espera do médico ou até na cama antes de dormir (minha opção preferida, por sinal) - já é um bálsamo. Há tempos penso em maneiras de como "dessacralizar" os aspectos técnicos de sempre de se criar animações, e esta possibilidade é um prato cheio.

Para finalizar, gosto de lembrar das palavras de Norman McLaren que, há quase 70 anos atrás, ao falar do processo de animação feito diretamente na película 35mm, o citava como sendo algo que aproximava o realizador do filme, tal qual o pintor de sua tela - não há intermédiários, apenas ele a lidar diretamente com sua obra, ao passo que na animação, são inúmeros os processos técnicos e operacionais envolvido da criação ao filme finalizado. McLaren hoje com certeza ficaria empolgadíssimo como estas novas possibilidades, e sinto que seu espírito permanece mais vivo do que nunca em todos os realizadores que exploram as possibilidades sempre infinitas que a arte animar oferece. Está tudo aí, à nossa disposição, mais acessível e palpável do que nunca. Vamos em frente.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Aula de Animação Experimental - Casa Amarela



O vídeo acima foi o resultado prático de uma aula-experimento de animação pintura-no-tempo e timelapse, que realizei em dezembro do ano passado no curso de Cinema de Animação da Casa Amarela Eusélio Oliveira, aqui em Fortaleza. A ideia básica era introduzir os alunos ao universo da animação experimental, através da abordagem da pintura-no-tempo. Como só contávamos com uma aula, resolvi mudar o esquema tradicional das oficinas e cursos que ministro; assistimos a apenas um filme de referência (Motion Painting no. 1, do mestre Oskar Fischinger) e depois partimos direto pra ação.



Eu queria pegar o movimento dos alunos, o ato de pintar em si, sua movimentação em volta da imagem. Para isso, colocamos a câmera o mais alto possível na truca, ajustei a lente para pegar todo o campo e uma placa de madeira já estava preparada para a pintura e posicionada sobre a base de trabalho. Mas o desafio só começou - eu ainda me perguntava como, em pouco mais de uma hora, iríamos conseguir fazer um material de duração razoável para os alunos 'pegarem o espírito' de animar assim? A solução então - que contemplava tanto isso como pegar as ações deles ao animar - foi captar tudo em timelapse: ajustei a câmera para fotografar a cada cinco segundos e os alunos foram pintando a superfície, de modo livre e espontâneo. Como sabiam quando a câmera dispararia, foram trabalhando de modo criativo, ora se deixando ver, ora modificando a imagem rapidamente e se ocultando. Foi, de fato então, um experimento que mistura time-lapse e pintura-no-tempo. Fiquei ainda algum tempo me perguntando se um filme desta forma pode ser mesmo considerado animação, no sentido do termo de 'modificação e registro quadro-a-quadro controlado de imagens", mas independente disso, como todo trabalho, o resultado me desperta para as novas possibilidades que podem surgir daí.



Agradecimentos à Mariana Medina, professora do curso, pelo convite, a Josimário Façanha, pela sempre mais do que eficiente (e necessária) assistência e ao NUCA, por ceder o espaço da Sala da Truca, onde o experimento foi realizado. Espero fazer mais destes - com ou sem timelapse - em breve.








segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Recortes, colagens e outras loucuras



Estudos feitos na última madrugada, em cima de uma ideia de certa forma antiga e nunca ainda realizada; trabalhar em cima de figuras criadas a partir de múltiplos recortes das mais diversas origens, coladas sobrepostas umas às outras. De certa forma, no VT da Série Depoimentos: Fagner a coisa começou a engrenar, de forma animada, mas ainda não tinha decomposto as figuras. De toda forma, com certeza quero explorar isso nos próximos trabalhos, e vamos ver onde vai dar. Em frente :)




sábado, 19 de novembro de 2011

O IPhone e as novas possibilidades

Com tantas coisas bacanas acontecidas e em processo pra compartilhar aqui no blog, a mais recente delas é algo que com certeza já traz inúmeras novas possibilidades para tudo o que venho fazendo. O IPhone é muito mais revolucionário do que eu jamais imaginei, e com pouco tempo usando de repente já me vejo nele fazendo ilustrações, fotos, tratando imagens e até mesmo criando animações inteiramente no dispositivo, em qualquer lugar que eu estiver. Esta postagem inclusive, estou fazendo diretamente dele. Está aberto, então, um leque de infinitas possibilidades, mas sobretudo de fazer algo que já me impacienta há algum tempo: desmistificar os processos, "dessacralizar" essa aura da criação artística que de certa forma me incomoda, e muito. Inúmeros processos e etapas pra realizar algo que no final quase nem se lembra mais o que é. Com essa nova ferramenta sinto que tudo isso muda e um novo momento, de maior liberdade criativa, seguindo um desejo impulsivo de se materializar instantaneamente uma ideia se desvela no meu trabalho, ou pelo menos assim espero. "Animar sem frescuras", como sempre brinco, é um passo a se seguir. A imagem abaixo, criada inteiramente no iPhone (usando o excelente programa ArtStudio), sobre uma foto que fiz no próprio aparelho, ilustra bem as possibilidades a serem pensadas daqui pra frente neste pequeno mas incrível dispositivo. Recomendo sem medo. :D