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sábado, 7 de abril de 2012

Soterrados: pequenos achados de estúdio



Na minha eterna luta para pôr o estúdio em ordem - como fiz ontem, em pleno feriado de semana santa - sempre faço pequenos achados, embaixo de camadas e mais camadas de livros esquecidos, revistas antigas, notas de compra e outros itens menos dignos de menção. Na verdade são achados bem numerosos, que muitas vezes rendem outras pequenas pilhas de coisas. De toda forma, estas pequenas surpresas me levam de volta ao passado e me trazem ideias que por vezes foram deixadas de lado antes de serem exploradas devidamente. Uma destas pequenas coisas - pequenas mesmo, talvez de significado mais pessoal - foi este pequeno estudo que fiz, provavelmente em 2008, pintado em papel-toalha. A textura reticulada do papel dá um efeito muito interessante e que, hoje ainda mais, vejo que tem muitas possibilidades, principalmente animadas. Fica o registro e a vontade de continuar experimentando nesta linha.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Autorretrato - 1998


Desenhozinho recentemente encontrado após mais uma sessão das minhas intermináveis arrumações de estúdio e áreas afins. Ainda bem que já costumava colocar a data nos desenhos que me pareciam um pouco melhores, nesta época. 1998. Lembro de quando o desenhei e no dia seguinte o levei para o colégio para mostrar aos amigos, todos riram um bocado.
Quatorze anos passam realmente voando...

quinta-feira, 31 de março de 2011

Cartuns - 1997



Mais uma vez imerso nas minhas eternas arrumações de papéis, encontro dois cartuns - o primeiro, datado de 25 de junho e o segundo de 25 de julho, ambos de 1997. Lembro que na época só tinhas olhos pras minhas canetinhas de nanquim recarregáveis, e no segundo cartum, em particular, andava empolgado com a recém-adquirida ponta de 1.2 mm. Também recordo da sensação do quanto era (e ainda é) difícil sintetizar algo que você acha interessante para caber em um cartum, e de como sempre quis ser um cartunista, mas também acabava achando que não tinha o espírito de um. Ainda hoje a ideia de ser um cartunista me soa bacana. Seja como for, acho que nunca perdi essa vontade cômica, e esse inevitável tom, ou pelo menos essa vontade; por mais experimentais, sérios e intrincados que os meus trabalhos estejam parecendo hoje, acho que ainda é o menino empolgado metido a cartunista que fala mais alto, no fim das contas. :)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Quadrinhos no caderno (1994)




Pequena HQ que "desencavei" das minhas eternas arrumações do ateliê. Esta fiz quando tinha uns 10 anos de idade, e era a época em que assistia muito a um filme louco chamado O Mago da Velocidade e do Tempo. Este foi um filme que me impressionou muito, e até hoje permanece como uma das minhas maiores referências. Lembro que era algo quase obssessivo; tinha gravado da TV e assistia quase todo dia por anos. Qualquer dia desses falo mais dele por aqui. Enfim, a historinha foi feita meio tendo o filme como referência, no qual o protagonista é um diretor maluco de cinema de animação e tenta a todo custo fazer o seu filme. Na HQ me coloquei como o diretor e dois amiguinhos meus também entraram, o Leo e o Marcel. A historinha - que nunca terminei - carrega muito esta espontaneidade infantil, que é uma coisa que muitas vezes perdemos quando crescemos. Por outro lado, é bom rever estes achados e ver que ainda temos muito em comum com o nosso 'eu' de décadas atrás... :)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Ilustração - 1998


Ilustração feita para um roteiro de estudo do colégio, em 1998. Na época eu estava no 1o. ano do ensino médio, e o desenho que fiz foi usado na capa do roteiro de todas as séries, inclusive neste, que era do meu irmão, que na época cursava a quinta série. A ideia era fazer um pequeno cartum sobre a ideia da Copa do Mundo, que na época era algo que eu ainda me importaria em fazer um desenho. Hoje dificilmente isso aconteceria... :P

domingo, 4 de julho de 2010

Linhas e Espirais: 1 ano



E em junho agora completou exatamente 1 ano que realizei o curta Linhas e Espirais. Até o momento foi o trabalho que fiz mais despretensiosamente, e também o e que chegou mais longe, tendo sido também o meu primeiro trabalho que foi exibido internacionalmente. O processo de produção foi detalhado nesta postagem, mas basicamente posso resumir que tudo começou como o meu primeiro teste da técnica da pintura-no-tempo, que fiz logo após adquirir um computador novo e uma pen tablet. Com o incentivo de pessoas próximas (como meu irmão Denis e da minha querida Francimone) comecei a adicionar mais e mais 'cenas' ao que já tinha feito, e logo já tinha mais um curtinha terminado. Não havia projeto, nem roteiro, nem storyboard nem nada similar, apenas um senso de improvisação constante entre cada um dos 1.403 quadros que foram produzidos em poucas semanas. Acho que essa fluidez da realização pode ser sentida ao se assistir ao filme, e com certeza é algo que venho desde então tentando trazer a todos os projetos que tenho trabalhado.
O filme pode ser assistido no Youtube e no Vimeo (aqui e aqui), e também pode ser baixado no site No fat clips :)

terça-feira, 23 de março de 2010

Primeiras aparições impressas: 1997 / 1998

E foi nestes anos que comecei a levar o desenho um pouco mais a sério. Uma nova publicação surgia no colégio que eu estudava, e logo que pude tomei parte da equipe do jornal, para então fazer cartuns - na época, um dos meus grandes objetivos, ser um cartunista. Acho que muito do meu trabalho ainda hoje reflete esse lado cômico que receio nunca ter perdido. Por mais que eu tente desenhar "sério",  no fundo sempre tudo parece um pouco cartunesco ainda...


Abaixo, o desenho ampliado que então fiz no jornal, sobre a clonagem. Na época lembro que teve uma boa repercussão, e eu achava que tinha conseguido fazer um cartum que ao mesmo tempo que discutia com a matéria tinha sua própria individualidade. Aprendi também nessa época um das mais valiosas lições de um cartunista: nunca entregue seus originais. Durante meses e meses corri atrás desse desenho, mas o meu colega (ir)responsável que me pediu o trabalho nunca mais soube dizer onde ele foi parar.


E mais abaixo, o Yeah!, um pequeno jornal do então Clube de Física do colégio, que fiz parte, juntamente com a minha parceira de aventuras na época, Giselle Gurgel. A Giselle foi responsável por muitas coisas que fiz na época, como os meus primeiros curtas, que falarei mais em postagens futuras. Nessa época tínhamos queríamos ser jornalistas, o que por sinal foi a primeira opção ao fazer vestibular, alguns anos depois.


O interessante é que ao colocar o título "O braço direito do Geo" eu quis disfarçadamente também fazer uma ironia, pois - como todas essas instituições - eles se aproveitavam de tudo que era feito dentro, indiscriminadamente, então nada mais interessante do que uma publicação interna fazer uma pequena crítica a isso. Não sei se alguém percebeu, no fim das contas. De toda forma, acabei sofrendo do mesmo mal da publicação do jornal do ano anterior, e esse original do cartum do braço robótico foi outro que sumiu, sendo essa impressão do jornalzinho a única prova que ele existiu. É a vida... :P

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Estudos distorcidos - 2007


Alguns estudos feitos, quando eu procurava novas possibilidades de distorcer as figuras tanto para a ilustração como para a animação. Folhinhas como estas, com muito desenhos feitos sem controle e sem esboços tenho muitas centenas. Algumas não dá pra salvar muita coisa, outras ainda são boas fontes de ideias pro futuro.


Neste de cima tentei brincar com tipos de pessoas, uma coisa que sempre gostei de fazer; sempre achei que a minha base como desenhista foi o cartum, a caricatura, e isso é algo que nos acompanha sempre. Nos de baixo, tentei inverter a imagem e mudar as cores, o que deu um efeito bem interessante. Animar algo assim ainda é uma ideia a ser realizada :)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Desenhos - 2004 a 2007

Alguns desenhos que tenho reencontrado nas arrumações, buscas e faxinas, desta vez no âmbito dos antigos CD's de backup. Percebo que muitas coisas hoje faço diferente, em relação ao 'traço' em si, mas outras são aidna muito semelhantes... enfim, é sempre uma busca de algo que não sabemos bem o que é, mas continuamos procurando. Cada uma destas imagens foi feita numa circunstância específica, e alguns comentários são interessantes para se entender o contexto.
Este de cima era carinhosamente intitulado "4 Homens e meio segredo", ou algo assim. Não era nada em específico, apenas uma ilustração feita sem propósito direto, como estudo de ideia mesmo. Tenho que fazer mais isso; essa de só fazer o que se precisa acaba com a gente. Muitas vezes os estudos, esboços e testes sem compromisso sem revelam muito mais promissores do que os chamados trabalhos "sérios". A espontaneidade não é algo que se consegue se querendo, percebo... ela simplesmente aparece, e se estamos preparados para aceita-la ou não... aí é com cada um. Bom, acredito eu. :)

Este azul e o PB de cima foram para um estudo de um personagem, de uma das histórias que, como era comum nessa época, não saiu. Muitos foram os projetos que nunca consegui finalizar ou continuar. Hoje, embora isso ainda aconteça, a proporção é menor... não muito menor, mas menor :)

Esta imagem de cima merece uma postagem à parte... ou várias. Trata-se da capa de uma revista que começou a ser desenvolvida - os Stroobs. Tudo começou como um vibrante fanzine desenhado pelo Franklin, que criou os personagens e história de uma banda de rock. Após o fanzine ser feito e distribuído, pensei em reescrever a história e fazer uma revista - que estava mais pra livro ilustrado -, com o Raphael Campos (roteirista na época) e a coisa foi ganhando corpo. Infelizmente porém, o projeto não para a frente. Muito, no entanto, foi desenhado; qualquer dia desses escaneio e faço aqui uma postagem específica.
Esta garota de cima foi um estudo da época em que comecei a pensar em animar linhas soltas. Neste caso, as linhas de brilho do cabelo dela voariam pela tela quando tudo ficasse preto... ou algo assim. Hoje, mais de quatro anos depois, estou começando a ver mais claramente como isso pode ser feito...
E este último - que remonta inclusive à época que o blog foi criado - foi para mais uma história de roqueiros, que nunca saiu, embora tenha escrito toda, e que ia figurar ou em um fanzine ou em um curtinha. A ideia de fazer um curta sobre uma banda - real ou não - ainda me instiga, e é algo que quero realizar muito em breve, de um jeito ou de outro. :)

Reencontrar estas imagens é de fato uma viagem no tempo. Sempre que revejo esses materiais posso sentir uma certa "ingenuidade" do passado que acho que, conforme o tempo passa, vamos perdendo. Aquele nosso lado amador, não-profissional, que tanto nos esforçamos para apagar e substituir pelo profissional e tudo. Quando começamos a ver que talvez saibamos uma coisa ou duas, vemos que inevitavelmente perdemos aquele "eu" anterior à se conseguir o que se consegue, aquele que perseguia tanto aquilo. De repente, nos vemos um pouco mais experientes, mais velhos, com mais cicatrizes (também, não se pode esquecer disso) e longe daquela inocência do início. Seja como for, sempre carregamos algum tipo de inocência conosco, acredito eu, e acho que isso é algo que deve andar lado a lado com o "profissionalismo" que vamos aprendendo, aos poucos. É bom se sentir assim, sempre em processo, por que afinal de contas é assim mesmo que vivemos: sempre à procura, sempre em busca, nunca satisfeitos. De vez em quando, porém, parar e saborear um pouco o que se faz (e o que se fez) com certeza nos faz nos enxergar melhor o caminho à frente. 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Tirinhas - 2005

Tirinhas realizadas em 2005, para uma exposição de tiras em quadrinhos com o tema Cinema,  a "NÓIA em Quadrinhos", que aconteceu dentro do Festival Nóia desse mesmo ano. É sempre interessante rever trabalhos mais antigos nossos, e vermos ao mesmo tempo o quanto evoluímos e o quanto fazíamos coisas que nem lembrávamos que fazíamos. Vendo agora, vejo que há uma certa ingenuidade nestas tirinhas, coisa que é interessante. Em parte há alguns problemas nos desenhos, como certas distorções não-propositais e pequenos errinhos, mas ao mesmo tempo há algo de leve e despojado nelas. Tenho estado um pouco desligado dos quadrinhos, mas algumas ideias ainda me perseguem... qualquer dia desses vou rever estas possibilidades :)

domingo, 31 de janeiro de 2010

Ateliê: pondo ordem no caos

Algumas imagens que registrei, enquanto arrumava o caos que insiste em tomar conta do meu pequeno estúdio. É impresssionante o tanto de coisas que acumulamos sem nos darmos conta, através dos anos. Nesta tão adiada e - finalmente em processo - arrumação tive que lidar com coisas de até quase quinze anos atrás, de desenhos a anotações da época do colégio. Como em todo processo de faxina que fazemos, sempre são encontradas pequenas raridades pessoais, minúsculos tesouros que redescobrimos. Neste caso, a maioria na forma de desenhos: centenas de páginas rabiscadas com esboços, personagens, histórias, ideias e trabalhos diversos. Coisas que já tinha dado por perdidas ou que sequer lembrava que tinha feito. Pouco a pouco irei postando esses materiais por aqui :) 

Trecho do estúdio, no meio do processo de se rasgar papéis, abrir velhas pastas e selecionar coisas.

Alguns dos muitos livros que estavam encaixotados, como as minhas antigas coleções Aventura Visual e Guia Ilustrado dos Animais, livros que devorava quando era pequeno, junto com a fantástica enciclopédia Descobrir. São livros que de fato cresci lendo, e que merecem um lugar ao sol - e inclusive inicialmente no sol mesmo, pois o inevitável cheiro de mofo também insiste em ser descoberto...

Pilhinha de papéis, neste caso os originais do meu curtinha Alucina 15, de 2007. Com esses materiais em mãos postarei aqui em detalhes sobre o processo dos trabalhos animados que tenho feito - coisa aliás que já quero fazer há tempos.

E esta última imagem é de um quadro ainda inacabado, um políptico chamado "As Fases do Homem". Já faz tanto tempo que está em processo que estou considerando seriamente finalizá-los como quadros separados mesmo. Enfim.

Em breve então, mais imagens de pequenas surpresas resgatadas nestas buscas involuntárias :)



quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Entrevista - Bom Dia Ceará (2008)


Pequena entrevista ao programa Bom Dia Ceará, em novembro de 2008, na época do Nóia - Festival de Cinema e Vídeo Universitário. Dois de meus trabalhos foram selecionados - "Faróis" e a vinheta da Oficina de Cinema de Animação Experimental. A entrevista foi bem tranquila... mas tenho que reconhecer que essa de desenhar frente à câmera é mesmo uma coisa muito difícil :P
Na mesma matéria são entrevistados ainda Darwin Marinho e Daniel Bandeira, realizadores também selecionados, e Virna Paz, que compunha a direção do festival.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Dr. Baltazar



Tirando algumas coisas do baú digital, apresento este personagem que até então só existia como parte do trabalho da disciplina Desenho de Animação, do curso de Design que faço na Fanor - Faculdades Nordeste. Chama-se Dr. Baltazar, e trata-se de um psiquiatra que era muito mais louco do que os seus pacientes. A história não era lá muito original, mas foi uma boa oportunidade para brincar com um estilo de desenho à la UPA, que adoro desenhar de maneira solta, sempre como diversão, sem esperar muito. Talvez por isso eles acabem se revelando mais expressivos do que outros trabalhos que faço "levando a sério". Acho que essa é a busca eterna do artista, a de conseguir o máximo de expressividade e espontaneidade no que se faz.



Estes dois esboços ilustram bem como é o Dr. Baltazar. Uma das coisas que gostei foi fazer os olhos com esses raios (mais do que cílios), com os quais já tinha brincado em outros trabalhos, e que dão uma expressão mais vigorosa para o personagem.
No fim das contas, acabou que nem eu nem meus colegas de turma da disciplina fizemos os curtinhas com os personagens, mas valeu pela criação. Tinha feito, porém, alguns testes de animação ainda; neste primeiro quis ter uma ideia de como seria o visual geral do curtinha, com ângulos loucos, movimentos rápidos e com closes em detalhes específicos, conforme fosse necessário:



E produzi ainda dois ciclos de caminhada simples; inicialmente, um em esboço, com 6 quadros:



E um segundo, finalizado e colorido, mas desta vez com 5 quadros (retirei o último e o movimento ficou um pouco melhor):



Não sei se ficou lá essa coisas - depois de um bom tempo sem ver este material, ainda acho que o melhor foi o chapéuzinho dele pulando e caindo de volta na cabeça, que ficou mais fluido :) De qualquer forma, é legal sempre revermos estes materiais mais antigos, pois vemos o quanto caminhamos e muitas vezes eles nos fazem lembrar de coisas que nem lembrávamos que gostamos. Apesar de ultimamente estar trabalhando cada vez mais com imagens semi-abstratas, gosto muito de animação de personagens - adoro sobretudo os desenhos animados clássicos, dos anos 40, 50 e 60. Quem sabe um dia desses eu não misture tudo, juntando animação de personagens com loucas imagens experimentais... vamos ver no que dá. :)

domingo, 28 de junho de 2009

23 de novembro de 1999


   Quase literalmente desencavando os arquivos, encontro um registro dos meus primeiros experimentos animados: uma matéria de dez anos atrás, no extinto jornal Tribuna do Ceará. Na ocasião - cursando o 2o. ano do ensino médio -, eu tinha feito os meus primeiros curtas, e o colégio realizou um festival com os trabalhos de vários alunos. Um dia ponho estes trabalhos no YouTube :P
   Como dizem, recordar é viver... :D