domingo, 6 de janeiro de 2013
Curta Canoa 2012
Há algumas semanas atrás participei do Curta Canoa 2012 - Festival Latino Americano de Canoa Quebrada. Passei quatro dias em Canoa, curtindo o festival e a cidade. Fui a convite do festival, pois o curta Saudade, que fiz em conjunto com os alunos do projeto Educando o Olhar, foi selecionado. Como em todas as viagens, as coisas parecem durar muito e ao mesmo tempo passar voando. Foram quatro dias bem intensos e simultaneamente bem tranquilo e de relaxamento - afinal de contas, é Canoa Quebrada :)
O filme foi muito bem recebido. A exibição ao ar livre é tradicional e característica do festival, e tem outro sabor, pois ao mesmo tempo é menos formal e mais de acordo com o local. Sentir o vento e friozinho da noite de canoa, e ao mesmo tempo ver o tecido da tela balançando com o vento dá outra perspectiva pra experiência cinematográfica de assistir a filmes num festival.
Na noite de encerramento, o Saudade terminou sem nenhum prêmio, mas tive a enorme satisfação de receber o prêmio de Melhor Trilha Sonora Original para o Quindins, filme dos animadores e amigos Giuliana Danza e David Mussel, de MG, que eu também estava representando. O prêmio, além de super merecido, mostra mais uma vez para aqueles que não consideram o cinema de animação como uma "arte séria" que o trabalho desenvolvido é, antes de ser "desenho animado" (muitas vezes chamado assim genericamente) ou outra técnica, antes de tudo é cinema. E isso também foi um dos grande trunfos do Saudade. Como conversei com os amigos Carolinne Vieira e David Aguiar, professores do projeto e com Sabina Colares, idealizadora e coordenadora, que também estavam em Canoa: só em o filme ter sido selecionado e estar ali no meio de tantos "figurões" do audiovisual do Brasil e de fora, já é muita coisa. O Saudade teve na produção adolescentes que tiveram seu primeiro contato com o cinema de animação, e ver nossos filmes assim em festivais, principalmente no comecinho de uma possível carreira, significa muito. No fim das contas, esse é o prêmio: compartilhar o que temos de melhor com os outros, seja como for.
O vídeo abaixo, trecho do programa "Vocações", produzido pela TV Metrópole, que cobriu o festival, dá bem o tom de como foi por lá, inclusive com uma entrevista comigo, e também com Sabina Colares e com Carolinne Vieira, representando o projeto Educando o Olhar:
Apenas para dividir, uma pequena coisa curiosa que sinto - que também se aplica ao Cine Ceará - é que nunca nenhum dos meus trabalhos (que dirigi sozinho) entrou na mostra competitiva. No caso do Curta Canoa, só entraram os trabalhos do Educando o Olhar, que foram feitos com os alunos. Vai entender porque. Conversando com colegas de outros estados, isso é bem curioso mesmo; acontece muito dos nossos trabalhos nunca entrarem nos festivais locais. De toda forma, entrando o filme dos alunos, já fico feliz.
Canoa é sempre mágico. Breve espero voltar lá - a trabalho, a passeio ou, como neste caso, pros dois. E vamos em frente. :)
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